domingo, 31 de julho de 2011

VELHO TIO MALUCO

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Trecho do Painel na Comic con do Doutor Who.

Audiência: Você também parece agir como se fosse um dos Doutores pré-Guerra Temporal. Me lembro quando vi “The Eleventh Hour” e pensei, uau, isso é um Doutor da série clássica, ele parece menos um possível namorado e mais como seu tio estranho e maluco.

Matt Smith (Doutor Who): [risos] Sim! É assim que eu quero que o Doutor seja. Seu velho tio maluco.

Audiência: O que você acha que é a essência do Doutor?

Smith (Doutor Who): O Doutor tem que ser divertido, maluco, brilhante, ridículo. E em sua essência, o que ele tenta alcançar é humanidade. Acho que uma coisa que ele jamais poderá ser é humano. Ele acha estranho que eles se apaixonem e se casem e tenham jantar no Natal.

Universo Who.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

JULIA

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A CABEÇA CORTADA

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“… este é um  mundo louco e ficará mais louco se permitirmos que as minorias—sejam elas de anões ou gigantes, orangotangos ou golfinhos, adeptos de ogivas nucleares ou de conversações aquáticas, pró-computarologistas ou neoludditas, débeis mentais ou sábios—interfiram na estética… Em suma, não me insultem com decapitações, decepações de dedos ou esvaziamento de pulmões que pretendam fazer em minhas obras. Preciso de minha cabeça para rejeitar ou assentir, minha mão para saudar ou fechar em punho, meus pulmões para gritar ou sussurrar. Não irei gentilmente para uma prateleira, eviscerado, para me tornar um não-livro.” Ray Bradbury

Monte de leituras.

SONETOS

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

UM SEGREDO SOBRE UM SEGREDO

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“A photograph is a secret about a secret. The more it tells you the less you know.” Diane Arbus

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valter hugo mãe

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um trecho:

somos bons homens. não digo que sejamos assim uns tolos, sem a robustez necessaria, uma certa resistencia para as dificuldades, nada disso, somos genuinamente bons homens e ainda conservamos uma ingenua vontade de como tal sermos vistos, honestos e trabalhadores. um povo assim, esta a perceber. pousou a caneta. queria tornar inequivoca aquela ideia e precisava de se assegurar da minha atencao. nao tenho muita vontade de falar, sabe, senhor, estou um pouco nervoso, respondi. nao se preocupe, continuou, a conversa e mais para o distrair e, se ficar distraido sem reaccao, tambem nao lho levo a mal. e o que fez a liberdade, acrescentou. um dia estamos desconfiados de tudo, e no outro somos os mais pacíficos pais de família, tão felizes e iludidos. e podemos pensar qualquer atrocidade saindo à rua como se nada fosse, porque nada é. as ideias, meu amigo, são menores nos nossos dias. não importam. as liberdades também fazem isso, uma não importância do que se pensa, porque parece que já nem é preciso pensar. sabe, é como não termos sequer de pensar na liberdade. é um dado adquirido, como existir oxigénio e usarmos os pulmões. não nos hão-de convencer que volte a censura, qualquer tipo de censura, isso seria uma desumanidade e agora somos europeus. qualquer iniquidade do nosso peculiar espírito há-de ser corrigida pela europa, para sempre. isto é que é uma conquista. e é como respirar, existir oxigénio e usarmos os pulmões, não se mete requerimento, faz-se e fica feito e não passa pela cabeça de ninguém que seja de outro modo. eu estava impaciente. abanava a cabeça como se concordasse, que era o meu modo de atalhar pela conversa com maior rapidez e sem enlouquecer. a laura não recebia alta e os médicos iam e vinham sem me atenderem por um minuto que fosse. o homem voltava a usar a caneta nos formulários intermináveis que preenchia, e repetia, se não dermos nas vistas, podemos passar uma vida inteira com os piores instintos, e ninguém o saberá. com a liberdade, só os cretinos mais incautos passaram a ser má gente. tudo o resto preza-se e cabe na sociedade de queixo erguido. e isso leva-nos a quê, perguntei eu. a quê, retorquiu, exultante pelo meu aparente interesse. sim, respondi algo provocador, o que quer dizer com isso, na verdade, na prática, o que significa uma afirmação toda ensimesmada dessas. ele voltou a pousar a caneta, pôs-se de pé com ar de quem faria um rodeio interminável mas, depois da hesitação, foi directo ao assunto. respondeu, num tempo em que todos somos bons homens a culpa tem de atingir os inocentes. pensei nos inocentes. não sou um homem piedoso.

terça-feira, 26 de julho de 2011

A PELE QUE HABITO

DEMOLIDOR POR RAFAEL ALBUQUERQUE

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VERÃO

J.M. COETZEE

  Coetzee, Verão

Outra das mulheres que dão depoimentos sobre o personagem John Coetzee:

“Uma noite, John chegou num estado de excitação que não era normal. Estava com um pequeno toca-fitas e pôs um cassete, um quinteto para cordas de Schubert. Não era o que se pudesse chamar de música sexy, nem eu estava muito no clima, mas ele queria fazer amor e, especificamente – perdoe se sou explícita –, queria que a gente coordenasse nossas atividades com a música, com o movimento lento.

Bom, o movimento lento em questão pode ser muito bonito, mas eu achava que estava longe de ser excitante. Some-se a isso que eu não conseguia esquecer a imagem da caixa do cassete: Franz Schubert parecendo não um deus da música, mas um funcionário vienense com gripe.

Não sei se você lembra do movimento lento, mas tem uma longa ária de violino com a viola pulsando por baixo, e dava para sentir John tentando manter o mesmo ritmo. A coisa toda me parecia forçada, ridícula. De alguma forma o meu distanciamento passou para John. ‘Esvazie e mente’, ele sussurrou para mim. ‘Sinta através da música.’

Bom, não tem nada mais irritante do que dizerem o que você tem de sentir. Eu me afastei dele e esse pequeno experimento erótico desmoronou na hora.

Depois, ele tentou se explicar. Queria me provar alguma coisa sobre a história do sentimento, ele disse. Sentimentos tinham histórias naturais próprias. Eles surgiam no tempo, floresciam por um momento ou não conseguiam florescer, depois morriam ou murchavam. Os sentimentos dos tipos que floresceram na época de Schubert estavam mortos, em sua maioria. O único jeito que nos restava para reexperimentar esses sentimentos era por meio da música da época. Porque a música era o traçado, a inscrição do sentimento.

Tudo bem, eu disse, mas por que nós temos de trepar ouvindo a música?

Porque acontece que o movimento lento do quinteto é sobre trepar, ele respondeu. Se em vez de resistir, eu tivesse deixado a música fluir em mim e me animar, eu teria experimentado vislumbres de alguma coisa bem rara: como era fazer amor na Áustria pós-Bonaparte.

‘Como era para o homem pós-Bonaparte ou como era para a mulher pós-Bonaparte?’, eu perguntei. ‘Para o senhor Schubert ou para a senhora Schubert?’

Isso o deixou realmente chateado. Ele não gostava que brincassem com suas teorias favoritas.

‘Música não tem nada a ver com trepar’, continuei. ‘Música tem a ver com as preliminares. Tem a ver com a corte. Você canta para a donzela antes de ir para a cama com ela, não enquanto está na cama com ela. Você canta para seduzir a moça, para ganhar seu coração (…). Se não está contente comigo na cama, talvez seja porque você não conquistou meu coração’.

Eu devia ter parado por aí, mas não parei, fui em frente: ‘O erro que nós dois cometemos’, eu disse, ‘foi que nós pulamos as preliminares (…). Sexo é melhor quando tem antes uma boa e longa corte. Mais satisfatório emocionalmente. Mais satisfatório eroticamente também. Se você está querendo melhorar a sua vida sexual, não vai conseguir isso me fazendo trepar no ritmo da música.’

Eu estava bem preparada para ele reagir, para discutir a questão do sexo musical, mas ele não mordeu a isca. Em vez disso, ficou com uma cara amarrada, derrotada, e virou de costas para mim (…).

Então, lá estávamos. Eu tinha tomado a ofensiva, não podia voltar atrás. ‘Volte para casa e treine a sua corte’, eu disse ‘Vá. Vá embora. Leve o seu Schubert com você. Volte quando souber fazer melhor as coisas.’

Foi cruel, mas ele mereceu, por não revidar.

‘Certo – eu vou’, ele disse, com uma voz amuada. ‘Tenho mesmo coisas para fazer’. E começou a vestir a roupa.

Coisas para fazer! Eu peguei o objeto mais à mão, que por acaso era um pratinho de barro cozido bem bonito, marrom com a borda pintada de amarelo (…). Por um instante eu ainda consegui enxergar o lado cômico da coisa: a amante de madeixas escuras e seios nus exibindo seu temperamento centro-europeu xingando aos berros e atirando a louça. Aí, joguei o prato.

Bateu no pescoço dele e caiu no chão sem quebrar. Ele encolheu os ombros e virou com um olhar perplexo para mim. ‘Vá!’, eu gritei, talvez tenha berrado mesmo, e gesticulei para ele. Chrissie acordou e começou a chorar.

Estranho dizer que não senti nenhum remorso depois. Ao contrário, fiquei animada, excitada, orgulhosa de mim mesma.Direto do coração!, eu disse para mim mesma. Meu primeiro prato!”

Michel Laub.

domingo, 24 de julho de 2011

ANIKA

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O PERVERSO E O BIZARRO

Viver e morrer no cinema.

BREAK THE BATMAN!

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by Eric Merced.

Turn that swang inside out.

OS RÓSEOS ANOS-LUZ

Roberto de Sousa Causo

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A força mais poderosa do Universo é a energia sexual. A energia da criação da vida. E aquilo que gera a vida também possui o potencial de produzir a morte — ou assim explicou o Dr. Freud e teorizou o Dr. Reich.

*

Caronte e Plutão são duas bolas subplanetárias de neve valsando uma em torno da outra a seis bilhões de quilômetros da Terra. Guardiões, senão do Hades, do Cinturão de Kuiper e seus outros anões gelados.

Em Caronte, as forças do Brasil e do Reino (ainda) Unificado travam uma guerra total. Agora os países lutam longe dos civis e dos muitos monumentos da Terra superpovoada; a guerra enfim se tornou um ato civilizado, digno dos mais elevados ideais da espécie humana — ou assim pronunciou o Prof. Keegan, famoso historiador militar.

*

Da nave-mãe New Wavering parte o bombardeiro quadrimotor Avro Lambuster, com a nova Arma do Juízo Final (a definitiva), a bordo: no compartimento de bombas, o dispositivo mortal; sobre ele, o colchão macio também sobre a armação de metal e o estrado de molas, os lençóis de cetim e sobre estes o casal de amantes — prontos ou quase — diante da cabeceira de ferro forjado: ornamentos, e lastro para a queda. Tudo isso, é claro, dentro da bolha inviolável e pressurizada de plasteel transparente. . .

*

Antes da missão, o Coronel Ballard preocupa-se com a prontidão dos amantes. O dispositivo orgônico captará as energias orgásmicas de um dos erokamikazes (preferencialmente dos dois, geradas no mesmo instante ou o mais próximo possível), que funcionarão como a espoleta da detonação. O Coronel Ballard propõe que fluffersprofissionais contratados da indústria pornográfica estimulem os heróicos voluntários antes do coito apocalíptico, para garantir o clímax em queda-livre e na altitude antecipada.

O Major Burroughs sugere que seja um fluffer homem a atender oerokamikaze homem, e um fluffer mulher a atender à sua amante, pois certamente pessoas do mesmo sexo conhecem melhor a anatomia e os gostos do outro, do que aqueles do sexo oposto.

O Bispo Waldiss, porém, persiste na afirmativa papal de que não é o orgasmo mas o ato da concepção em si o gerador das imensas energias a serem canalizadas. Por isso exigiu testes de fertilidade e contagem de espermatozóides e avaliações das suas capacidades atléticas, e que a mulher ovulasse no dia e horário exatos.

Gentlemen, please — diz o herói. — Tudo já foi previsto pelo exaustivo processo de seleção a que fomos submetidos. Sou um ejaculador precoce certificado, e minha estimada colega está no topo daquele terço das mulheres que não têm qualquer problema em chegar a um rápido orgasmo.

— E de qualquer forma — lembra o Coronel Ballard —, a queda será longa o bastante.

*

A penetração não é fácil. Plutão e Caronte orbitam o mesmo ponto no espaço a cada 6.38 dias terrestres, e mantêm sempre a mesma face voltada um ao outro, como bons dançarinos que são. A base brasileira que é o alvo do Lambuster foi construída nesse hemisfério antitropical de Caronte, o sidekick de Plutão na administração do Inferno gelado, e há baterias de superfície e caças interceptadores patrulhando o espaço entre os dois pseudomundos anões.

O Coronel Ballard, porém e enquanto o Bispo Waldiss reza furiosamente e o Major Burroughs dispara com idêntica fúria os canhões Magnum do bombardeiro contra os interceptadores, consegue pilotar o Avro Lambuster até o ponto de lançamento. Um esquadrão de caças de escolta abre caminho com o custo de incontáveis e inestimáveis vidas humanas, na certeza de que nunca tantos farão tanto por tão poucos.

*

Abre-se o compartimento de bombas.

A bolha cristalina com a cama e os erokamikazes, amantes do Juízo Final, é ejetada para a longa descida até o orgasmo róseo que promete balançar a galáxia, brilhando mais que uma supernova, mais do que um jato incandescente ejaculado de um quasar e aquecer as entranhas geladas do Cinturão de Kuiper.

Aos olhos do homem e da mulher, enlevados em sua crucial tarefa, Caronte é uma mancha esférica e plúmbea que, por um misterioso capricho da posição orbital do Plutão, recebe no rosto o arco escuro do cone de sombra de seu amante. Parece sorrir para aquela fagulha gêmea de calor biológico que devagar desce até ele espelhando a mesma coragem e extrema solidão.

E em mais alguns segundos, nada jamais será o mesmo.

NOTA DO AUTOR: este conto é uma homenagem a três dos principais escritores da New Wave da ficção científica inglesa e americana: Brian W. Aldiss, William S. Burroughs e J. G. Ballard. A idéia de uma guerra entre Brasil e Inglaterra travada em Caronte foi emprestada do romance de Aldiss, Os Negros Anos-Luz (The Dark Light Years; 1964), que também inspirou o título do conto.

Roberto de Sousa Causo vive em São Paulo com a esposa e um filho. É autor dos romances A Corrida do Rinoceronte (2006) e Anjo de Dor (2009). Tem cerca de 70 contos publicados em dez países, e entre seus prêmios está o Projeto Nascente 11, com O Par (2008).

Mais contos e outros fodásticos aqui: O bule.

sábado, 23 de julho de 2011

DRIVE

EISNER AWARDS PARA OS BRASILEIROS

Fábio Moon e Gabriel Bá ganharam por Melhor Minissérie: Daytripper 

DAYTRIPPER #9

E o desenhista Rafael Albuquerque dividiu o prêmio com os escritores de Vampiro Americano, Scott Snyder e Stephen King, por Melhor Nova Série…

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Muito foda. Bastante merecido. Parabéns a todos.

ANJO

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DONNIE DARKO

by Richard Kelly. Shooting script.

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Title card:

OCTOBER 2 1988


INT. DONNIE'S ROOM - NIGHT (EARLY SUNDAY MORNING, 1 A.M.)

VOICE
(whisper)
Wake... up... Donnie.

Donnie jerks upright in his bed, awakened from a bad dream. He
looks over at his alarm clock: 12:50 a.m. His expression is
distant... confused.


INT. FOYER - NEXT

Donnie walks downstairs.


INT. FAMILY ROOM - NEXT

Donnie stares at Eddie, asleep in the La-Z Boy.


INT. KITCHEN - NEXT

Donnie walks into the kitchen, removes the magic marker from the
refrigerator message board.


INT. FOYER - NEXT

Donnie walks to the front and exits the house.


EXT. DARKO HOUSE, FRONT YARD - NEXT

Donnie walks down the front walk to the street.


EXT. NEIGHBOURHOOD STREET - NEXT

Donnie walks down the street.


EXT. SEVENTH HOLE - NIGHT (1:30 A.M.)

Donnie arrives next to the pin and stares off into the distance.

VOICE
Helluva night for a walk... huh, Donnie?

Donnie stares off into the distance.

VOICE (cont'd)
Tonight is very special, Donnie.

DONNIE
What?

VOICE
I've been watching you.
(beat)
Do you believe in God, Donnie?

Donnie doesn't answer. He holds his stomach, taking deep breaths.

VOICE (cont'd)
God loves his children, Donnie. God loves
you.

There... standing on the seventh hole is a six-foot-tall figure
dressed in a grotesque bunny suit.

Donnie stares at the Bunny nervously as a wave of nausea overcomes
him.

BUNNY
My name is Frank.
(beat)
I want you to follow me.

DONNIE
Why?

FRANK
I'm here to save you.
(beat)
The world is coming to an end, Donnie.

Donnie doesn't answer.

FRANK (cont'd)
Look up in the sky, Donnie.

He looks up into the black night.

FRANK (cont'd)
28 days... 6 hours... 42 minutes... 12
seconds. That is when the world will end.

Donnie looks back at Frank. His expression is a vacant expanse
of confusion.


INT. FOYER - NIGHT

Elizabeth comes through the front door, leans back against it,
closes her eyes.


INT. FAMILY ROOM - NIGHT

Eddie Darko sleeps reclined in the La-Z Boy. The final notes of
the Channel 12 National Anthem fade away to static.

From above... a thunderous crash. Plaster rains from the ceiling
...Books fly off the bookshelf as the entire wall-mount collapses
to the floor.

Eddie jerks awake.


INT. FOYER - NEXT

Elizabeth falls back in horror as plaster rains down from around
the chandelier... debris falling in the dining-room doorway.


EXT. SEVENTH HOLE - MORNING (SUNDAY MORNING, 10 A.M.)

Donnie is curled up, asleep on the green. A golf ball lands on
the green and rolls within inches of his head.

A golf cart filled with four older men arrives. Dr. Fisher
(forty-five) gets out first.

DR. FISHER
Donnie Darko?
(beat)
Son? What's going on here?

Jim Cunningham (forty), the man riding shotgun, gets out of the
cart and walks over.

JIM CUNNINGHAM
Who is it, Don?

DR. FISHER
Eddie Darko's kid.

Donnie gets up and brushes himself off. On his arm he sees
something written in black magic marker.

Numbers.... 28:06:42:12.

Donnie stares at the numbers on his arm, confused.

DR. FISHER (cont'd)
(to Jim, kissing his ass)
Sorry about this, Jim, just a... a kid
from the neighbourhood.
(back to Donnie)
So let's stay off the greens at night, OK?

Jim Cunningham stares at Donnie with a friendly grin.

DONNIE
Sorry, Dr. Fisher. It won't happen again.


EXT. NEIGHBOURHOOD STREET / DARKO HOUSE - MORNING (11 A.M.)

Donnie walks down the street towards his house.

A fire engine. Two police cars. A news van... All parked in front
of his house.

There are dozens of neighbours in the street surrounding a
barricade. Donnie moves through the crowd where a Police Officer
is standing.

DONNIE
Hey, I live here!

POLICE OFFICER
Are you... Donnie Darko?

DONNIE
Yeah!

The Officer lets him through.

Near the cul-de-sac there is a large caterpillar crane lifting
something from inside the house. There are firemen roaming
around. Two Police Officers are speaking with Eddie and Rose.
Donnie looks over at the house.

A crane lifts a gigantic jet engine over from the house towards
a large flatbed truck. Firemen kick pieces of wood and shingle
from the roof.

He turns and sees his entire family standing there. Eddie is
holding Samantha.

SAMANTHA
It fell on your room.





sexta-feira, 22 de julho de 2011

DEXTER–6ª TEMPORADA

QUALQUER COISA DE BRUTAL

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Jean-Pierre Melville dizia que é preciso mais coragem para fazer um filme clássico do que um filme moderno. Contar uma história elegante com uma mensagem complexa é qualquer coisa de brutal. Não é o que está na moda. E parece haver uma recusa do sentimento, do melodrama. Hoje, a única coisa que se faz quando se faz uma obra de arte é criar uma distância irônica. Nunca se corre o risco da emoção. Olhamos para esses filmes como obras de arte numa parede. James Gray

Viver e morrer no cinema.

MAMÁ

TOMMY

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Delírio de um dos mais delirantes e melhores: Ken Russel

Quixotando.

A MÚSICA DE BREAKING BAD

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Clique na imagem. Dica do Ivan ♂ ♀ ou não.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS

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Mal posso esperar.

GABBY

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DECÁLOGO DO ANTOLOGISTA

Sérgio Rodrigues

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I. O que for antologizado pelo antologista será imediatamente antológico, seja analógico ou digital.

II. Os antolhos do antolhogista serão critérios sagazes.

III. Os autoelogios do autoelogista ficam abaixo da superfície da autoelogia, e não se fala mais nisso.

IV. Se o antologista for uma anta, sua antalogia não será julgada por parâmetros zoológicos.

V. Por proferir antes o julgamento da história, o anteslogista terá fama de xamã.

VI. As antipatias do antipalogista serão todas, por definição, democráticas.

VII. Se for um desempregado crônico, o à-toalogista poderá filar cigarros e requerer o Bolsa Família sem prejuízo de sua isenção crítica.

VIII. Toda antologia será vista como axiomática, ainda que assintomática.

IX. Só uma anti-antologia pode antagonizar uma antologia; todas as outras cartas serão incineradas.

X. Ontologia? Não, não, no próximo corredor à direita.

Todoprosa.

NEON SOBRENATURAL

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Mr. Whaite.

CANTADA

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Allan Sieber.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A BELA

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Deborah Ann Woll

O TEATRO DE SABBATH

Philip Roth

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Um trecho:

Sem esposa, sem amante, sem tostão, sem profissão, sem casa… e agora, para coroar tudo isso, em fuga. Se não fosse velho demais para voltar para o mar, se seus dedos não estivessem aleijados, se Morty tivesse sobrevivido e Nikki não fosse louca, ou se ele mesmo não fosse louco também, se não houvesse guerra, loucura, perversidade, doença, estupidez, suicídio e morte, existiria alguma chance de Sabbath estar em uma situação bem melhor.

Monte de leituras.

MIRELLE

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LIFE ON MARS

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De David Bowie: uma das melhores de um dos melhores.

UM POUCO DEPOIS…

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Milo Manara.

INSONE

José Marcelo

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Penso no que aconteceu naquela madrugada, mas cada vez penso menos, não quero lembrar, prefiro esquecer – e no entanto, não consigo. Como poderia? Foi daquelas situações que nos pregam na memória, que gotejam nas horas mais inquietas. Principalmente… principalmente nas madrugadas insones.

É isso: eu me lembrarei para sempre do acidente que a matou.

LORENA

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

BATMAN X BANE

PORCOS

José Marcelo

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Um porco. Ele morreu como morre um porco. Gritando sob a lâmina ensanguentada de um açougueiro sujo e sorridente. Veja: as entranhas escorrendo para fora da barriga enquanto ele soluça e balbucia.

- O quê? – pergunta seu algoz. – O quê? O quê? O quê? O quê?

Não importa – o que quer que ele dissesse não importava mais agora.

E no entanto:

- Por favor! – foi o que ele disse e depois nada.

MADCHEN IN UNIFORM

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A beleza, a suavidade, a luxúria, o amor.

MES REVES ET TOUTES MES JOIES.

EXCITADA

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