domingo, 19 de julho de 2009

Trechos de Casa de Encontros, de Martin Amis

Cara Vênus,

Se o que dizem for verdade e o meu país estiver morrendo, acho que posso lhes dizer por quê. Veja bem, menina, a consciência é um órgão vital e não um acessório, como as amígdalas e as adenóides.

Enquanto isso, dou meus parabéns. Você agora integra um considerável contingente de jovens - aqueles condenados a procurar interessados nas memórias de um parente mais velho. Porém não precisará ir muito longe: a Gagarin Press na rua Jones. Pergunte pelo sr. Nosrin. Não se preocupe: eu não vou seguir os passos daquele maluco embriagado sobre o qual nós lemos e que mandou maços e maços de seus manuscritos para um estúdio fotográfico que revelava fotos em uma hora. Nosrin já está a par do assunto (e tudo já foi pago). Além disso, ele é meu compatriota, portanto vai entender. Eu gostaria, por favor, de ter uma primeira tiragem de um único exemplar. Ele é seu.

Você vivia me perguntando por que eu não podia "me abrir", por que eu tinha tanta dificuldade em "me soltar" e "descontrair", e toda essa história. Bem, com um passado como o meu, a gente acaba vivendo para os interlúdios em que não fica pensando nisso - e o tempo que se passa falando sobre esse assunto não há de ser, obviamente, um desses interlúdios. Havia uma outra inibição, mais obscura: o temor francamente neurótico de que você não fosse acreditar em mim. Eu via você dar as costas, via você virar a cara e balançar lentamente a sua cabeça abaixada. E isso, por alguma razão, era uma perspectiva que eu não podia suportar. Eu disse que meu temor era neurótico, mas sei que ele é amplamente compartilhado por homens com histórias semelhantes. Neuroses compartilhadas, angústia compartilhada. Emoção em massa: vamos ter de voltar várias vezes ao tema da emoção em massa.

Quando reuni, pela primeira vez, os fatos à minha frente, palavras pretas sobre uma página branca, eu me vi como o protagonista de um pequeno amontoado informe de degradação e de horror. Assim, tentei dar à coisa um pouco de estrutura. Uma vez que consegui localizar alguma similaridade de forma e construção, passei a me sentir menos isolado e pude ter a sensação do auxílio de forças impessoais (de que eu precisava muito). A sugestão de unidade era, talvez, ilusória. A pátria é eternamente pródiga de antiiluminações, de epifanias negativas - mas não de unidade. Não existem unidades em meu país.

Na década de 1930, houve um minerador chamado Aleksei Stakhanov que, diziam alguns, desenterrou mais de cem toneladas de carvão - a cota era sete - num único turno. Daí o culto dos stakhanovitas, ou operários "de choque": enchem desfiladeiros ou arrasam montanhas, dragas e tratores de terraplanagem humanos. Os stakhanovitas muitas vezes eram fraudes óbvias; muitas vezes, também, eram enforcados por seu colegas, que detestavam as normas exageradas... Havia também escritores "de choque". Eram retirados das fábricas, aos milhares, e treinados para escrever propaganda sob o disfarce de prosa de ficção. Meu propósito é diferente, mas é melhor pensar em mim deste jeito - um escritor "de choque", que está contando a verdade.

A verdade será dolorosa para você. De novo eu me perturbei (uma ferida sutil, como um corte provocado por uma folha de papel) ao ver que a minha ação mais desonrosa foi perpetrada não no passado remoto, como quase todas as outras, mas já durante a sua vida, e apenas alguns meses antes de eu conhecer a sua mãe. O meu fantasma já espera a censura. Mas que ela seja pessoal, Vênus; que ela seja a sua censura, e não a do seu grupo ou a da sua ideologia. Sim, você ouviu bem, jovem senhora: a sua ideologia. Ah, é uma ideologia branda, concordo (a brandura é a sua idéia única). Ninguém vai se explodir e fazer o corpo em pedacinhos por causa dela.

A sua assimilação daquilo que fiz - isso será, de um jeito ou de outro, uma árdua tarefa para a sua coragem e generosidade. Mas acho que mesmo um retribucionista inflexível (o que você não é) ficaria razoavelmente feliz com a maneira como as coisas se encaminharam. Poderiam fazer-me a objeção, e eu não ia contestar, de que não mereci a sua mãe; e que não mereci ter você em casa durante quase vinte anos. Tampouco, agora, temo seriamente que você vá me excomungar da sua memória. Não creio que você fará isso. Porque você entende o que é ser um escravo.

Vênus, eu lamento que ainda esteja chateada por eu não ter deixado que você me levasse de carro até o aeroporto O’Hare. "É o que fazemos", disse você: "Levamos uns aos outros ao aeroporto, ou trazemos do aeroporto para casa". Você entende como isso é raro? Ninguém mais faz isso, nem recém-casados. Tudo bem - foi egoísmo da minha parte recusar. Eu disse que era porque eu não queria me despedir de você num lugar público. Mas acho que o que me incomodava de verdade era a assimetria da situação. Você e eu, nós dois levamos um ao outro ao aeroporto, e trazemos um ao outro do aeroporto para casa. E eu não queria que houvesse um levar quando sabia que não haveria depois um trazer.

Você está tão bem preparada quanto qualquer jovem ocidental poderia desejar, munida de uma boa dieta, de um seguro de saúde generoso, dois diplomas de nível superior, viagens ao exterior e domínio de outros idiomas, ortodontia, psicoterapia, propriedades e capital; e a sua pele tem uma cor linda. Olhe para você - olhe como está corada.

PARTE I

    1. O Ienissei, 1º de setembro de 2004

Meu irmão menor veio para o campo em 1948 (eu já estava lá), no auge da guerra entre os brutamontes e as putas...

Bem, não seria uma primeira frase ruim para a narrativa propriamente dita, e eu estou ansioso para escrevê-la. Mas ainda não. "Ainda não, ainda não, minha jóia!" Era o que o poeta Auden dizia aos poemas líricos, às epístolas derramadas que pareciam pressioná-lo a um parto prematuro. É cedo demais, agora, para a guerra entre os brutamontes e as putas. Haverá guerra nestas páginas, inevitavelmente: lutei em quinze batalhas e, na sétima, fui quase castrado por um projétil secundário (uma peça de ferro de um quilo e trezentos gramas) que se alojou na face interna da minha coxa. Quando a gente sofre um ferimento feio como esse, durante a primeira hora nem dá para saber se você é homem ou mulher (ou se é velho ou jovem, ou quem foi o seu pai e como você se chama). Mesmo assim, três ou quatro centímetros mais para cima, como dizem, e não haveria mais nenhuma história para contar - porque esta é uma história de amor. Tudo bem, amor russo. Mas, ainda assim, amor.

A história de amor é triangular, no formato, e o triângulo não é eqüilátero. Eu às vezes gosto de pensar que o triângulo é isósceles: não há dúvida de que ele forma um ângulo bem agudo. Sejamos honestos, no entanto, e vamos admitir que o triângulo permanece rudemente escaleno. Creio, minha cara, que você tenha um dicionário à mão, não é verdade? Você nunca precisou de muito incentivo no seu respeito pelos dicionários. Escaleno, do grego, skalenos: desigual.

É uma história de amor. Então, é claro, devo começar pela Casa de Encontros.

Estou sentado na sala de jantar, em forma de proa de navio, de um vapor de turismo, o Gueórgui Júkov, no rio Ienissei, que corre do pé das montanhas da Mongólia até o oceano Ártico e, portanto, corta a planície da Eurásia do Norte - uma distância de duas mil verstas e meia. Em vista das distâncias na Rússia, e das agruras da vida russa em geral, é de supor que uma versta seja o equivalente a - não sei - umas trinta e nove milhas. Na verdade é pouco mais de um quilômetro. Mesmo assim é um percurso bastante longo. O livreto descreve o passeio como uma "viagem rumo ao destino de uma vida" - expressão que transmite uma conotação um tanto indesejável. Tenha em mente, por favor, que nasci em 1919.

Diversamente de quase tudo o mais, lá, o Gueórgui Júkov não é nem uma coisa nem outra: nem futuristicamente plutocrático, nem futuristicamente austero. É um retrato do antigo e prático Komfortismus tsarista. Abaixo da linha-d’água, onde a tripulação e os auxiliares cochilam e enchem a cara, o navio, está claro, é uma ruína fétida - mas veja a sala de jantar, com suas toalhas douradas cor de mel, seus veludos vermelhos de bordel. E nosso fardo é leve. Tenho uma cabine com quatro beliches inteira só para mim. O passeio para o Gulag, explica-me o comissário, nunca fez muito sucesso... Moscou é impressionante - soturnamente fantástica, em sua riqueza roubada. E Petersburgo também, sem dúvida, depois do seu aniversário de um bilhão de dólares: um tricentenário para a cidade construída por escravos, "roubada ao mar". Fica em toda parte que não esteja abaixo do nível da água.

Minha visão periférica é rodeada por garçons meio agachados, a postos para dar o bote. Há duas razões para isso. Primeiro, chegamos ao penúltimo dia da viagem e agora está solidamente estabelecido, a bordo do Gueórgui Júkov, que sou um velho de má índole e boca suja - enorme e desgrenhado, meu cabelo não é do tipo branco e fofo dos caducos que não reclamam de nada, mas sim pontudo e de um cinzento amargo. Eles também sabem, a esta altura, que sou um psicótico exagerado nas gorjetas. Não sei por quê, mas desde o início, suponho, eu dava vinte por cento em vez de dez, e o valor tem subido sem cessar desde então; mas isso é ridículo. Sempre tive dinheiro de sobra, mesmo na União Soviética. Mas agora sou rico. Para constar nos registros (e isto é o meu registro), só uma patente, porém com vastas aplicações: um mecanismo que aprimora, de maneira importante, a elasticidade das próteses das extremidades corporais... Assim todos os garçons sabem que, se sobreviverem aos meus frenesis cloacais, uma recompensa os aguarda ao fim de cada refeição. Erguido à minha frente, um livro de poemas. Não Mikhail Liérmontov, nem Marina Tsvetáieva. Samuel Coleridge. O marcador de páginas que uso é um envelope meio grosso que contém uma carta comprida. Está em meu poder faz vinte e dois anos. Um velho russo, a caminho de casa, tem de ter suas recordações significativas - o seu deus ex machina. Não li a carta ainda, mas vou ler. Vou ler, nem que seja a última coisa que eu faça.

Sim, sim, eu sei - um velho não deve dizer coisas grosseiras. Você e sua mãe tinham muita razão de arregalar os olhos. É de fato um espetáculo de dar pena, e sem nenhum charme, ver a boca de um velho praguejar palavrões, os dentes postiços ou ausentes, os lábios secos até sobrar só a metade. Dá pena porque é um protesto muito evidente contra a decadência das forças: dizer foda-se é a única coisa suja que ainda se pode fazer. Mas eu gostaria de enfatizar as propriedades terapêuticas dessa palavra de poucas letras. Todos aqueles que sofreram de verdade sabem o alívio que traz, afinal, afundar a cabeça e, por horas e horas, chorar e dizer palavrões... Meu Deus, olhe só as minhas mãos. Do tamanho de uma tábua de queijos, não, queijos, queijos inteiros, com suas manchas e pregas, sua viscosidade, seu azinhavre. Machuquei muitos homens e mulheres com estas mãos.

No dia 29 de agosto, atravessamos o Círculo Ártico e houve uma comemoração muito compreensível a bordo do Gueórgui Júkov. Um acordeão, um violino, um violão muito enfeitado, garotas com blusas de piranhas, um bêbado em calças de montaria que tentou imitar a dança dos cossacos e não parava de cair da cadeira. Eu agora estou numa ressaca que, já faz dois dias, continua a piorar. Na minha idade, nos meus "oitenta e muitos", como dizem agora (em lugar de "no fim dos oitenta", pois a palavra fim tem conotações impertinentes), simplesmente não há lugar para uma ressaca. Ai, ai, ai... Ai, ai, ai... Não imaginava que eu ainda fosse capaz de me poluir de modo tão completo. Pior, eu sucumbi. Você sabe muito bem o que quero dizer. Participei de todos os brindes (providenciaram uma caçamba de lixo em miniatura para espatifarmos nossas taças lá dentro) e cantei todas as músicas; chorei pela Rússia e enxuguei minhas lágrimas na bandeira. Falei um bocado sobre o campo - sobre Norlag, sobre Predposilov. No raiar do dia, comecei a impedir fisicamente que certas pessoas saíssem do bar. Mais tarde, causei um bocado de estragos à minha cabine e tive de ser transferido no dia seguinte, no meio de um vendaval de palavrões e de notas de vinte dólares.

Gueórgui Júkov, o general Júkov, marechal Júkov: servi num de seus exércitos (ele comandou um front inteiro) em 1944 e 1945. Também teve papel no salvamento da minha vida - oito anos depois, no verão de 1953. Gueórgui Júkov foi o homem que venceu a Segunda Guerra Mundial.

Nosso navio geme, como se carregasse nas costas ainda mais fardos e mais preocupações. Gosto desse som. Mas quando as portas da cozinha se abrem com um rangido, ouço a música da aparelhagem de som (quatro batidas por compasso, com alguém de dezessete anos se esgoelando sobre a autodescoberta), e ela chega aos meus ouvidos em forma de dor. Naturalmente, a um simples piscar de minha pálpebra, os garçons tomam a cozinha de assalto. Quando a gente é velho, o barulho causa dor. O frio causa dor. Quando eu subir ao tombadilho esta noite, o que farei, sei que a neve úmida vai me causar dor. Não era assim quando eu era jovem. Acordar: isso doía, e continuou a doer cada vez mais. Porém o frio não doía. Aliás, tente só chorar e praguejar diante do Círculo Ártico no inverno. Todas as suas lágrimas vão congelar na hora e até as suas obscenidades vão virar gotinhas de gelo e cair tilintantes a seus pés. Isso nos enfraquecia, minava profundamente nossas forças, mas não nos causava dor. Respondia alguma coisa. Era como um holofote girando acima do universo do nosso ódio.

Agora a aparelhagem de som foi suplantada por um rádio. Estendo a mão. Isso é permitido. Hoje vi o começo do sítio da Escola Número Um na Ossétia do Norte. Calhou de algumas crianças estarem olhando quando os atiradores e as atiradoras vieram pelos trilhos da ferrovia com suas balaclavas pretas - e riram e apontaram, achando que era uma brincadeira ou um treinamento. Depois a van estacionou e dali saiu ele, o matador, com a enorme barba laranja: "Russos, russos, não tenham medo. Vamos, vamos...". As autoridades falam em trezentos ou quatrocentos, mas na verdade há muito mais de mil reféns - crianças, pais, professores. E por que já estamos nos preparando para um desfecho próximo do pior possível? Por que já estamos nos preparando para o fenômeno compreendido por todo o mundo - a mão pesada russa? Por que razão nossas mãos são tão pesadas? O que a faz pesar?

Mais uma xícara de café, mais um cigarro, e vou subir para o tombadilho. A vastidão siberiana, a imensidão verde-oliva - você sentiria medo, eu acho; mas faz os russos sentirem-se importantes. A massa de terra, do país, o tamanho e o peso no planeta: é isso o que nos persegue e é isso o que arruína a saúde do Estado... Estamos atravessando o norte, mas seguindo rio abaixo. O que dá uma sensação anômala. No tombadilho, é como se o navio estivesse imóvel e os barrancos dos dois lados estivessem em movimento. Estamos parados; os barrancos das margens balançam e ondulam. Somos levados para a frente por uma força que viaja em sentido contrário. Temos também a sensação de que estamos espiando por cima do ombro do mundo e avançando rumo a uma cachoeira infinita. Aqui há monstros.

Meus olhos, no sentido conradiano, pararam de ser ocidentais e passaram a ser orientais. Estou de volta ao seio de uma vasta família residente num cortiço. Agora ela tem de se defender sozinha. Todo o dinheiro foi dividido entre os criminosos e o Estado.

É curioso. Datilografar a palavra "Kansas" ainda parece confortavelmente banal. E datilografar a palavra "Krasnoiarsk" ainda parece totalmente grotesco. Eu poderia, é claro, datilografar "K...", como um escritor de outros tempos. "Ele viajou para M..., capital de R..." Mas agora você é uma moça crescida. "Moscou", "Rússia": nada que você não tenha visto antes. Minha língua materna - descubro que quero usá-la o menos possível. Se a Rússia está indo embora, então o russo já se foi. Estávamos muito atrasados, entenda, para desenvolver uma língua de emoções; o processo foi barrado depois de menos de um século e agora todas as associações e conotações subentendidas se perderam. Devo apenas dizer que parece coerentemente eufemístico - contar minha história em inglês, e num inglês de feição antiga, o que mais se pode querer? Minha história ficaria ainda pior em russo. Pois é de fato uma história de sibilantes guturais e chiantes.

O resto de mim, todavia, está se tornando oriental - se rerrussifica de todo, mais uma vez. Então fique atenta, daqui para a frente, para outros traços nacionais: a liberdade de toda responsabilidade e escrúpulo, o vigoroso campeonato de opiniões e crenças que são não apenas irreconciliáveis como também mutuamente excludentes, o fraco por um humor de baixeza e cinismo, a tendência de falar da maneira mais passional nas horas de menos sinceridade e a sede de argumentos abstratos (abstratos ao ponto da pretensão) em momentos inesperados - digamos, no meio de uma fuga em massa da prisão, no auge de um motim causado por uma epidemia de cólera, ou na fase mais fúnebre de uma onda de fome.

Ah, vamos tirar isso do caminho. Não é da União Soviética que eu não gosto. Não gosto é da planície da Eurásia do Norte. Não gosto da "democracia dirigida", não gosto do poder soviético, não gosto dos senhores feudais mongóis e não gosto das dinastias teocráticas da antiga Moscou e da antiga Kíev. Não gosto do império multiétnico, do território de doze fusos horários. Não gosto da planície da Eurásia do Norte.

Por favor, perdoe a pequena excentricidade no meu modo de apresentar o diálogo. Não estou sendo russo. Estou sendo "inglês". Sinto que é uma falha formal citar a si mesmo. Veja a coisa desse modo.

Sim, no que diz respeito ao indivíduo, Vênus, pode muito bem ser verdade que caráter é destino. E o contrário também. Mas, na escala mais ampla, caráter não significa nada. Na escala mais ampla, destino é demografia; e a demografia é um monstro. Quando a examinamos de perto, quando examinamos de perto o caso russo, sentimos os estímulos de uma força imensa, uma força não só cega, mas também totalmente insensível, como um terremoto ou uma enchente. Nada assim jamais aconteceu antes.

Lá está, na minha frente, na tela do meu computador, o gráfico de duas linhas onduladas em interseção, uma cor-de-rosa e a outra azul. O índice de nascimentos, o índice de mortes. Chamam de cruz russa.

Eu estava lá quando meu país começou a morrer: a noite de 31 de julho de 1956, na Casa de Encontros, pouco acima do paralelo 69.

Nea

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