segunda-feira, 18 de julho de 2011

PORCOS

José Marcelo

porco

Um porco. Ele morreu como morre um porco. Gritando sob a lâmina ensanguentada de um açougueiro sujo e sorridente. Veja: as entranhas escorrendo para fora da barriga enquanto ele soluça e balbucia.

- O quê? – pergunta seu algoz. – O quê? O quê? O quê? O quê?

Não importa – o que quer que ele dissesse não importava mais agora.

E no entanto:

- Por favor! – foi o que ele disse e depois nada.

Nenhum comentário: