domingo, 20 de março de 2016

MIRCALA

José Marcelo
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A sensualidade nos gestos mais simples e sensuais de Mircala, aquele jeito meio inocente no modo como ela colocava os cabelos atrás das orelhas e sorria, estava sempre sorrindo, sempre feliz. Ou pelo menos era como ela aparentava, não importando como tudo estivesse ruim. Sempre feliz. Sempre linda. Sempre jovem. Você olhava nos olhos de Mircala e não havia nenhuma sombra ali, nenhum eco. Ela lembraria um anjo, se anjos fossem tão iluminados. Eu me apaixonei imediatamente por ela. Quando lhe contei o quanto a amava, o quanto a desejava, ela disse:
__ Não seja bobo.
__ Não sou bobo. É verdade. Eu te amo.
__ Mas você não pode. Não desse jeito.
__ Por que não?
__ Você é meu irmão. Somos irmãos. Não podemos fazer isso. Não é certo.
__ Não me importo, nem você deveria. Eu já te peguei me olhando. Sei que você sente o mesmo.
__ Não.
Ela não sorria mais. Ela cruzou os braços e me olhou muito séria:
__ Acho melhor você ir embora.
__ Não. Eu não vou embora. Eu não vou embora, até você aceitar isso.
Eu me levantei e me aproximei dela. Ela não recuou. Eu a beijei. A boca dela era um deleite insuspeito. Fiquei de pau duro e guiei a mão dela até tocá-lo. Ela me empurrou:
__ O que está fazendo?
__ Nossos pais só chegam daqui uma hora. Estamos sozinhos. Vamos aproveitar.
Algo na expressão do meu rosto a assustou. Ela virou-se e tentou correr. Mas eu era mais forte. Eu a derrubei no chão e ergui sua saia. Enfiei a mão dentro de sua calcinha. Mircala debateu-se e estava chorando.
__ Quieta, Mircala, você sabe que quer isso. Você quer isso. Você sabe que quer.
Ela balançou a cabeça:
__ Tá bom, mas seja carinhoso. Deixa eu tirar a calcinha.
__ Eu tiro pra você.
Puxei a calcinha e abri gentilmente as pernas de Mircala. Ela tinha uma buceta nua e pequena. Fui beijando suas pernas, até alcançar os lábios entre suas coxas. Comecei a beijar e lamber, enquanto Mircala gemia. O som dos gemidos dela era como uma dádiva. As pernas dela me apertavam e senti suas mãos acariciando meus cabelos. Ela me puxou para cima e me beijou longamente. Tirei meu pau para fora e enfiei de uma vez dentro dela. Mircala era macia, apertada e bastante úmida. Perfeita. Já disse que ela era perfeita?
__ Não goza dentro __ Mircala pediu. Mal ela disse essas palavras e eu gozei dentro dela. Um jato forte que me fez urrar de prazer. Então, saciado, sai de dentro dela e deitei-me ao seu lado.
Ela levantou-se e correu para o banheiro, onde tomou um banho longo e demorado. Depois foi para o quarto de onde não saiu mais até que nossos pais chegaram.
No jantar, ela parecia como sempre: feliz, brincalhona até. Me senti bem. Ela não diria nada. Fui dormir cedo. Ia viajar no dia seguinte e queria acordar bem disposto.
Sonhei com Mircala brincando em um balanço sobre a grama verde. Ela ria e se arremessava cada vez mais alto. O dia era azul e meus pais comiam sobre uma toalha de piquenique. Eu estava deitado de lado e observava minha irmã. Tudo parecia perfeito, até que percebi a mancha escura sob o balanço. Mircala sangrava.
Acordei assustado e meu pai estava ao lado da cama. Ele me olhava muito sério.
__ Oi, pai. Já está na hora? Eu…
Ele não me deixou terminar. Não disse nada. Era um homem grande e suas mãos enormes apertaram meu pescoço com tanta força e tanta raiva que eu eu
Eu me debati e ejaculei e acho que meus intestinos se soltaram enquanto eu tentava acertar meu pai e ele me esmurrou e me esmurrou até que meu rosto se transformou em uma pasta ensanguentada.
Eu olhei para seu rosto e vi um vulto de cabelos desarrumados e salivando muito que tornou a apertar meu pescoço até que eu ouvi o estalo do meu pescoço quebrando-se
SNAP!





2 comentários:

Anônimo disse...

reviravolta excelente. muito bom.

O Ancião disse...

Obrigado mais uma vez.