domingo, 20 de março de 2016

filho da puta e a puta

josé marcelo
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sangue. nu e quente sobre a pele.
- mas que porra!
- cala a boca.
- filho da puta filho da puta.
o filho da puta saiu do carro e ficou olhando a mancha em sua camisa. mancha vermelha mudando para marrom. sangue simples. olhou pelo vidro do carro – no banco de trás, o homem gordo engasgava no próprio sangue. merda, pensou o filho da puta, vai empoçar.
ele abriu a porta de trás do carro e o homem gordo olhou-o aterrorizado.
- o que acha que eu vou fazer, hein?
o filho da puta puxou o homem gordo pelas pernas. não foi fácil. o homem gordo se debatia muito. mas no fim ele desabou na estrada poeirenta. o filho da puta disse:
- você estragou minha camisa.
voltou ao banco da frente e pegou a faca de churrasco.
- não devia ter estragado minha camisa – disse ele, o tom de voz na verdade dizendo que a camisa era o de menos, o que ele gostava mesmo era de cortar.
ele tornou a enfiar a faca várias vezes, tantas que no fim as entranhas do homem gordo escorreram para fora e ficaram espalhadas na poeira. o filho da puta então encostou-se no carro e ficou olhando o homem gordo morrer. demorou bastante, mas tudo bem. o filho da puta não tinha nada para fazer. não até a noite.
à noite a lua estava marrom por causa do vento que ergueu uma nuvem de poeira: o letreiro do puteiro que piscava NOITE QUENTE estava praticamente coberto e não mostrava nada.
filho da puta, de banho tomado e roupa nova, entrou e pediu uma cerveja. era cedo ainda. não havia putas ainda, apenas uma mulher atrás do balcão, uma velha carcomida e de modos sonolentos. ela disse:
- as meninas já estão vindo. estão tomando banho.
- a esther está ai?
- está.
- é ela que eu quero.
- vou ver se ela está pronta.
esther veio maquiada demais e usando roupas curtas demais e andando devagar. sentou-se diante do filho da puta e sorriu. seria bonita não fosse tão vulgar.
- oi.
- oi. tudo certo?
- tudo.
- vamos pro quarto.
o quarto ficava em um corredor estreito e cheio de portas. era um cubículo estreito e abafado onde mal e mau cabia uma cama e um ventilador de mesa. enquanto filho da puta fechava a porta, esther despiu-se e deitou-se na cama.
filho da puta ficou em pé.
- cadê? – perguntou ele.
- você fez?
- claro.
- e como foi?
- quer detalhes?
- não. não, não quero… melhor não.
- então me paga logo.
- não quer fazer amor gostozinho?
- não se faz amor com puta, puta a gente fode. me dá logo a grana.
- daqui a pouco.
ele assentiu como se concordasse. então pulou pra cima dela e colocou as duas mãos no pescoço de esther.
- tá de gozação com a minha cara? me passa minha grana agora, senão… você sabe o que vai acontecer.
- tá bom tá bom.
ele a soltou.
- anda logo.
- então levanta. tá de baixo do colchão.
- você guarda seu dinheiro de baixo do colchão? – ele quase riu.
filho da puta ergueu o colchão e viu um saco de plástico sujo. pegou-o, contou o dinheiro, tirou exatamente o que ela lhe devia, colocou o saco de volta e largou o colchão.
- agora quero que você me chupe – disse ele.
ela ajoelhou-se e tirou o pau dele para fora. estava mole. ela começou a chupar. o pau não endurecia. ela insistiu. não adiantava.
- que porra – disse filho da puta. empurrou-a com força. ela caiu sentada. – se você contar isso para alguém, volto e te mato.
ele saiu do quarto e esther respirou aliviada.
filho da puta entrou no carro e saiu pisando com força no acelerador. depois de dirigir até o amanhecer por estradas poeirentas, parou o carro e tirou o pau para fora. não estava apenas mole. parecia menor. filho da puta abriu o porta-luvas e pegou um canivete. ficou olhando para o pau e o canivete, mas não teve coragem de fazer o que estava pensando. apenas passou a lâmina de leve sobre a pele do pau. escorreu uma linha de sangue. o pau ficou duro na hora. ouviu risadas e ergueu a vista.
duas estudantes vinham subindo pela estrada. provavelmente indo para o ponto esperar a kombi do transporte escolar. eram jovens e bonitas. tinham aquele frescor que excitava-o na juventude. filho da puta colocou o pau para dentro e deu seu melhor sorriso. sabia que era bonito e sabia ser charmoso e irresistível. não foi difícil convencê-las a entrar no carro. depois ele mostrou-lhes o dinheiro e fez uma proposta. ambas aceitaram.
- você tá machucado – disse a mais nova, de cabelo curto.
- um cortinho à toa. nada demais.
a outra, loira e de olhos castanhos que praticamente brilhavam, disse:
- tem um lago aqui perto. vamos tomar banho lá.
não era longe. logo filho da puta e as estudantes estavam nus e tomando banho no lago. a água estava fria e as meninas soltavam gritinhos de excitação, quando filho da puta as tocava de leve. depois deitaram-se na grama e filho da puta transou com as duas.
- anal é mais caro – disse a cabelo curto, quando ele tentou meter atrás nela.
- eu pago. pago as duas.
- eu não – disse a loira. – eu nunca dei a bunda.
- eu pago mais caro.
- não.
- o dobro.
- vai – disse a cabelo curto à amiga. – dói um pouco, depois fica bom.
- tá bom. mas com cuidado.
a loira deitou-se de bruços na grama e empinou a bunda. filho da puta lambeu e cuspiu e depois colocou o pau dentro da bunda dela. ela gritou e chorou, mas não pediu para ele parar. filho da puta não aguentou muito tempo e gozou. então saiu e deitou-se na grama. a loira continuou na mesma posição, o esperma escorrendo de dentro da bunda dela. ainda chorando.
- ah não – reclamou a cabelo curto. – e eu?
- espera um pouco – disse filho da puta.
- eu quero agora.
a loira levantou-se e foi andando devagar para dentro do lago.
a cabelo curto ajoelhou-se ao lado de filho da puta e começou a chupá-lo. ele a empurrou.
- espera um pouco, porra.
- eu tou excitada. eu quero foder.
- calma. com uma coizinha linda como você a gente não fode, faz amor.
ela gostou disso.
- vou ficar molhadinha pra você.
ela enfiou dois dedos na boca e depois na vagina. deitou-se na grama de pernas abertas e masturbou-se.
filho da puta procurou pela loira. ela continuava dentro do lago, de costas para eles. olhou para a cabelo curto e percebeu que o pau endurecera de novo. cabelo curto era apertadinha e estava úmida. gemia muito.
- goza na minha boca – pediu ela. – goza na minha boca.
ele colocou o pau dentro da boca dela e ficou segurando-a pela cabeça. gozou com força. a cabelo curto lambeu tudo freneticamente.
- você gosta disso – disse filho da puta.
- adoro o gosto da porra – ela abriu os braços, deitada na grama. – adoro.
a loira voltara e vestira o uniforme. amuada.
- vamos embora – disse ela.
- já? – reclamou cabelo curto. – não. quero ficar mais. quero foder mais. quero gozar. eu não gozei ainda.
- te espero no carro – disse a loira e foi até o carro, encostado sob as árvores. fechou a porta e ficou lá dentro olhando fixo para a frente.
cabelo curto pediu a filho da puto que a lambesse.
- me lambe, vai. quero gozar.
ele a lambeu até que ela estremeceu e gozou esguinchando no rosto dele.
- sua vadiazinha – disse ele sem rancor.
- nossa, isso foi bom. quando a gente vai se ver de novo?
- não sei. quando der.
ele virou-se para o carro e ficou olhando a loira. ainda amuada.
- quantos anos vocês tem?
cabelo curto riu.
- não se preocupe – disse ela. – não vamos falar. já fizemos isso antes.
- sua amiga…
- tá com a bunda doendo. isso logo passa. quer comer a minha? você não comeu.
- hoje não. vocês acabaram comigo.
ele deixou ambas no exato lugar onde as encontrara, depois pegou a rodovia e foi embora. era noite de novo quando chegou em casa.
esther estava sentada no degrau da frente.
- que porra você está fazendo aqui?
ela mexia na bolsa.
- tenho outra coisa pra você.
- o que é?
ela tirou o revóver da bolsa e atirou. a bala entrou na garganta de filho da puta e ele morreu engasgado. antes de fechar os olhos, ainda viu esther pegar sua carteira e sair andando pela rua.
- você é muito caro – disse ela e foi embora.
ficou tudo escuro e amargo e terrivelmente dolorido.

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