terça-feira, 24 de maio de 2011

TRÓPICO DE CÂNCER

Henry Miller

Quiet-Days-in-Clichy3

Um trecho:

À noite, quando olho o cavanhaque de Boris estendido sobre o travesseiro, fico histérico. Ó, Tânia, onde estão agora aquela sua boceta quente, aquelas ligas gordas e pesadas, aquelas coxas macias e arredondadas? Em meu membro há um osso de quinze centímetros de comprimento. Tânia, alisarei todas as pregas de sua vulva, cheia de semente. Mandá-la-ei de volta para seu Sylvester com a barriga doendo e o útero virado. Seu Sylvester! Sim, ele sabe acender um fogo, mas eu sei inflamar uma vagina. Enfiarei pregos quentes em você, Tânia. Deixarei seus ovários incandescentes. Seu Sylvester agora está um pouco ciumento? Ele sente alguma coisa, não sente? Sente os remanescentes de meu grande membro. Deixei as margens um pouco mais largas. Alisei as pregas. Depois de mim, você pode receber garanhões, touros, carneiros, cisnes e São Bernardos. Pode enfiar pelo reto sapos, morcegos, lagartos. Você pode defecar arpejos ou amarrar uma cítara sobre o umbigo. Eu estou fodendo, Tânia, para que você fique fornicada em público, eu fornicarei privativamente. Arrancarei alguns pelos de sua vulva e os grudarei no queixo de Boris. Morderei seu clitóris e cuspirei moedas de dois francos…

Sorte e azar s/a.

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