terça-feira, 8 de setembro de 2009

E vamos nós

alturkkaan_Ennio_Morricone_-_Once_Upon_A_Time_In_The_West

Falemos de INGLOURIOUS BASTERDS de Quentin Tarantino. Diálogos, diálogos, longos diálogos. De memóravel, somente o primeiro, entre o vilão principal e um pobre francês, apesar de lembrar outro filme escrito por Tarantino: Amor à Queima-roupa. Tudo bem, Tarantino não é o único cineasta a fazer auto-referência. E vamos nós. No segundo capítulo (como em Kill Bill, o filme é dividido em capítulos), somos apresentados aos Bastardos do título.É um capítulo curto que serve para apresentar os matadores de nazis, e já é bom ir logo esclarecendo o que já se comentava por aí: eles são apenas coadjuvantes no filme, aparecem muito pouco e são desperdiçados em uma trama que se complica nas loooooooooooooooooooooooooooooooooooongas duas horas e lá vai trocentos minutos. Uma trama que envolve uma linda judia dona de cinema querendo vingar-se, uma linda atriz alemã querendo ferrar os nazi, um espião inglês e, claro, meio esquecidos e porcamente desenvolvidos, parecendo inclusive um tanto estúpidos (uma espécie de alívio cômico) os inglorius basterds. Há alguma ação, alguns assassinatos imprevisiveis e brutais que não deixam o filme ser uma grande bosta, mas nada que tire o ar de que não cumpre o que promete. E o problema não está apenas no roteiro, a direção de Tarantino oscila entre uns raros momentos legais (com a ajuda de Ennio Morricone) e outros que se perdem.

Relendo JOE LABRAVA de Elmore Leonard, um noir entre as palmeiras e hoteis bregas de Miami, com direito a golpes, mulheres fatais e diálogos divertidos que são realmente interessantes e não cansam, pelo contrário (aprenda Tarantino!). Elmore Leonard é um dos meus escritores preferidos, um dos poucos cujos livros merecem ser comprados apenas com o aval de seu nome na capa.

No primeiro episódio da nova temporada de DEXTER, encontramos o nosso psicopata preferido casado e com três crianças, perdendo noites de sono ao tentar fazer dormir um bebê e às voltas com um novo psicopata rondando Miami (Miami de novo? Talvez eu deva me mudar para lá. Ou talvez não, parece uma cidade cheia de crimes, divertida para se ler ou ver, mas não para se morar. Enfim) e matando uma linda garota dentro de uma banheira: sangue e sexo e perversão. Um episódio introdutório para a nova temporada que se não empolga tanto, pelo menos abre boas possibilidades a seguir.

E acabou SOM E FÚRIA, aquela série que já comentei por aqui, adaptada de Fernando Meirelles a partir de uma série canandense sobre os bastidores do teatro. Aquela com personagens divertidos e loucos e sexys. Pena, a tv aberta ficou bem mais chata depois que Som e Fúria acabou. Menos engraçada e menos instigante.

E ouvindo ENNIO MORRICONE, na verdade assistindo alguns videos com músicas suas no youtube. O que dizer? Nada a dizer. Procure no youtube. Ouça. É o cara que se fez as trilhas majistrais de Era uma Vez no oeste, A Missão, Os Intocáveis, Três homens em conflito, Por um punhado de dólares, Por uns doláres a mais, Era uma vez na América e tantas outras maravilhas do cinema.

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