“Eu tinha dez anos. Eu peguei uma das lâminas de barbear do meu pai, e fiquei de joelhos. Eu coloquei o metal no meu pulso. A lâmina fria cortando. O sangue em minha mão. E eu olhei para cima, para minha mãe e meu pai. Eu lhes perdi perdão. Eu sentia muito. Eu estava de joelhos em Gotham. E eu estava rezando, juntando minhas mãos naquele instante, com o sangue e a lâmina aquecida entre elas. Eu rezei. Ninguém – ninguém me respondeu. Ninguém me respondeu. Ninguém me respondeu. Eu estava sozinho. Como todo mundo, como todo mundo em Gotham. Nós estamos de joelhos, nossas mãos juntas, o sangue e a lâmina quente entre elas. Nós rezamos. E ninguém responde.”
“Eu deixei a lâmina cair, e entendi o que estava feito, o que eu fiz, eu me entreguei. Minha vida não era mais minha vida. E eu sussurrei: ‘Eu juro pelos espíritos dos meus pais que irei vingar a morte deles dedicando o resto da minha vida à guerra contra os criminosos’.”
“Então é isso que é. As orelhas. O cinto. A gárgula. Não é engraçado. É a escolha de um garoto. A escolha de morrer. Eu sou o Batman. Eu sou suicida.”
Bruce Wayne, o Batman.
(Em Batman #12, por Tom king.)
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