(…) a fabulosa égua do carro do Faraó (…) e se for gaguinha? Ou fanhosa? (…)Amor tão furioso, carro de bombeiro com a sirena uivando, a pobre Laura não podia ignorá-lo—a simples bolinha de papel que ela pisava era escorpião abrasado de fogo.
(…) No álbum de retratos antigos o calvário de sua perdição—normalista seduzida pelo próprio tio (…) Entre beijos soluçando que a crucificava de pequenas delícias, ó gostosão de todos o mais fogoso. Menos doida de paixão estivesse, não falaria assim, obrigado a recordar-se de quantos tipos a desfrutaram.
(…)barata leprosa
Cambaleando ou não, os bêbados são o verdadeiro mistério do mundo (…) Ou como você explica que, por mais labirintos em que se enveredem, nunca se percam no caminho, encontrem sempre a porta exata, que fecham atrás de si com a segunda volta da chave?
(…) a moça pagou o táxi e o hotel.
Alisava a costeleta e exibia a falha do pré-molar—o galã penteia mil vezes o fulgurante cabelo negro, sempre esquece de escovar os dentes…(…)
Esfregava o bigodão na perna gorducha, deliciando-se ao ver a pele que se arrepiava e os pelinhos que se eriçavam. Tivesse ali na coxa uma pinta de beleza? Não é—intuição? Visão do paraíso? Milagre?—que tinha mesmo, olho negro de longas pestanas.
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