Gabriel Viviani
Depois que o escritor desapareceu, Glauco Valentim passou a viver enclausurado naquele apartamento. Quando saía, buscava refúgio na miséria do subúrbio. A realidade se tornara cinza, a comida perdera o sabor. Seu velho mundo estava destruído. Talvez o adequado fosse saltar daquela ponte, matar-se, assumindo radicalmente a negação metafísica de Brás, o dono da tabacaria. Claro, era uma possibilidade. Mas outra hipótese ia, aos poucos, insinuando-se na existência de Glauco. Sim, outro tipo de realidade, composta por personagens extravagantes e misteriosos. O Evangelho dos Loucos conduz o leitor pelos caminhos do desespero e da redenção deste protagonista. O desespero de um indivíduo que não consegue identificar o seu lugar na sociedade, e a redenção obtida através da descoberta de verdades esquecidas. Permeado com reflexões a respeito do sucesso, das convenções sociais, da loucura e de Deus, este romance oferece ao leitor outras perspectivas a respeito do mundo.
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