Willian Faulkner
“…Quentin Compson que ainda era muito novo para ser um fantasma, mas que ainda assim era obrigado a ser um deles por tudo aquilo, pois ele nascera e se criara no Velho Sul, como ela (…) vinte anos respirando o mesmo ar e ouvindo sempre o pai falar sobre aquele Sutpen, uma parte da herança da cidade –Jefferson— há oitenta anos respirando o mesmo ar, entre esta tarde de setembro de 1909 e aquela manhã de domingo, em junho de 1833, quando pela primeira vez ele apareceu na cidade, vindo de um passado indiscernível e adquiriu sua terra sem que ninguém soubesse como e construiu sua casa, sua mansão, aparentemente do nada, e casou-se com Ellen Coldfield e gerou seus dois filhos —o filho que enviuvou a filha, que sequer chegara a ser noiva— e assim cumpriu seu quinhão de maldição…Quentin crescera com aquilo… Sua infância fora repleta deles; seu próprio corpo era um corredor vazio ecoando aqueles sonoros nomes derrotados, ele não era um indivíduo, uma pessoa, era uma comunidade inteira, uma caserna povoada de fantasmas obstinados...”
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