terça-feira, 26 de junho de 2012

TRECHOS serena

Ian McEwan

ian-mcewan

“Eu queria personagens em que pudesse acreditar, e queria que me deixassem curiosa sobre o que iria acontecer com eles…”

“Como funcionária de nível baixíssimo, o salário da minha primeira semana depois de feitos os descontos foi de quatorze libras e trinta pence, na nova moeda decimalizada, que ainda não tinha perdido o seu ar pouco sério, imaturo, fraudulento (…) Eu me virava de uma semana para outra, mas não estava me sentindo parte de um glamuroso mundo clandestino…”

“não vou perder muito tempo com a minha infância e a minha adolescência

(“embora possa ter esquecido quase tudo por causa da névoa da erva)

“… era narrado por um macaco falante dado a reflexões angustiadas sobre a sua amante, uma escritora que estava tendo dificuldades  com o seu segundo romance (…) Só na última página fui descobrir que o conto que eu estava lendo era na verdade o conto que a mulher estava escrevendo. O macaco não existe, é um espectro, um ser criado pela imaginação irrequieta. Não. E não de novo. Isso não.  Fora a coisa exagerada e bisonha do sexo interespécies, eu desconfiava instintivamente desse tipo de truquezinho ficcional. Eu queria um chão firme debaixo dos pés. Na minha opinião havia um contrato tácito com o leitor, que o escritor devia honrar. Nenhum elemento de um mundo imaginário e nenhum dos seus personagens deveria poder se dissolver por causa de um capricho do autor.  O inventado tinha de ser tão sólido e consistente quanto o real…”

Monte de Leituras.

Nenhum comentário: