"Um editor disse-me uma vez que cada escritor traz gravado dentro de si o número exacto de páginas que nunca ultrapassará em nenhum livro. O meu número era, salvo erro, o 385. Tchekov nunca poderia escrever um verdadeiro romance comprido. Era um sprinter e não um stayer. Dá a impressão de que não sabia manter focado, durante muito tempo, o padrão de vida que o seu génio apanhava por todo o lado; só era capaz de manter o encanto vivo deste padrão pelo período necessário a um conto, mas não podia conservar os pormenores necessários a uma narrativa longa e em grande escala"
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