Ambientado em um futuro sombrio e próximo, 100% narra três histórias separadas porém interligadas que revolvem um clube no centro de Manhattan que fornece entretenimento à população reputação duvidosa, entre eles, artistas e strippers (que tem os seus órgãos internos projetados em uma tela para o prazer até do maior entre os voyeurs), lutadores, garçonetes e ajudantes.
O fluente enredo não é particularmente pesado, mas Pope habilmente se redime de qualquer negligência narrativa usando meios sequência para convencer, ao invés de simplesmente contar, os acontecimentos em seu sutilmente futurista, porém altamente reconhecível mundo.
No fim, 100% é como um romance de William Gibson filmado por Wong Kar-Wai com trilha sonora punk. Os traços cinzentos de Pope, com a ajuda de seu expressivo pincel, são incrivelmente detalhados, mas absolutamente claros, a complexidade visual nunca atrapalhando a narração.
Pope é um dos poucos artistas americanos - se não o único - que desenhou mangá para editoras japonesas e tem mostrado a forte influência dos quadrinhos europeus também. Seu approach globalizado e ênfase em estilo sobre a substância que se espelha a tendências em outras mídias, talvez aponte o futuro da arte sequencial.
Para ler, clique na imagem e vá ao Quadrinhos inglórios.
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